quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Ajustando o Foco na Adoração


Sutis e importantes mudanças vêm se desenvolvendo nos últimos anos no planejamento, nos momentos que antecedem e no decorrer das reuniões chamadas de “culto coletivo” das igrejas batistas. Os líderes eclesiásticos e os próprios membros das igrejas se preocupam com a iluminação e conforto do ambiente, o uso sincronizado de ferramentas tecnológicas, a transmissão ao vivo, o registro fotográfico e sua publicação imediata nas redes sociais, o tempo cronometrado, em como conseguirão atrair públicos específicos, e assim por diante. Muito disto não é especificamente ruim, mas têm se tornado um grande problema na medida em que o foco da adoração/culto é desajustado.

Adorar, ou cultuar é reconhecer em algo ou alguém o valor supremo, atribuindo-lhe honra e glória através de atos de veneração/devoção em público ou pessoalmente (SHEDD, 1987, p. 9). O foco da adoração deveria ser o nosso Criador e Redentor, Deus Santíssimo, as preocupações deveriam girar prioritariamente em agradá-lO, seguir os Seus princípios e mandamentos contidos na Bíblia, purificar-se para estar em comunhão com Ele, concentrar-se para lhe dar a atenção devida!

Ao contrário disto, percebe-se a supervalorização do homem, em seus próprios gostos e desejos, e a consequente transformação de culto em entretenimento/show, plataforma em palco, igreja em clube social, músico em “estrela”. Algumas poucas e simples perguntas podem detectar o quão distorcido está o foco:

·       Quantas pessoas estão mais preocupadas em durante o culto postar nas redes sociais tudo o que está acontecendo? Isso para não falar dos que estão jogando, batendo papo, ou conferindo postagens...

·       Quantos vão conduzir a congregação extremamente preocupados com a qualidade técnica ou com a performance, mas sem se importar com o coração cheio de pecado? A “espiritualidade” aparente do momento se contrapõe à vaidade, arrogância, ira, rebeldia, insubmissão, mentira, fofoca, divisão e tantas outras manifestações da carne inflamadas pelo inferno.

·       Quantos frequentam os cultos dominicais por anos a fio sem que haja qualquer mudança ou melhoria em seu caráter? O comentário de sempre é:  “Fulano? Aquela igreja? Sempre foi assim!”

·       Se Jesus e os discípulos fossem, nesta época, nossos contemporâneos, eles pregariam em nossa igreja? Como seria? Você mudaria suas atitudes no culto diante da presença deles?             
       
(imagem retirada de falandodefoto.com.br/ajuste-fino-de-foco-na-nikon-e-canon/)
Para que haja verdadeira adoração/culto “Deus tem de revelar-se no Filho, perdoar os pecados que nos separam d’Ele e dar-nos o Espírito para que pela Sua assistência possamos responder-Lhe. Deus se aproxima de nós no Filho, e nós nos aproximamos d’Ele no Espírito” (SHEDD, 1987, p.11). Mesmo que tudo seja lindo, ou que todos se sintam muito bem, Deus só receberá a devoção daqueles que correspondem aos Seus ensinamentos - os verdadeiros adoradores, aqueles que tem prazer em estar com Deus e agradá-lO, aqueles que Lhe dão real valor e primazia de atenção, aqueles que estão com seu foco bem ajustado.

M.M. Keila Guimarães de Campos
Fonte: SHEDD, Russel P. Adoração Bíblica. São Paulo: Edições Vida Nova, 1987) 

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Dicas para o Dirigente do Culto

(por Keila Guimarães de Campos) 

1. Leia atentamente a liturgia antes de começar o culto.
Se não foi você que fez a liturgia, é imprescindível ler e refletir sobre ela antes de começar o culto. E se você fez a liturgia, mesmo assim é apropriado recordá-la. Nem sempre o culto terá a mesma sequência costumeira, e é bom que haja variações de vez em quando para que não caiamos em uma rotina impensada. Se você vai dirigir o culto, precisa saber de antemão tudo o que vai acontecer e como deverá conduzir a congregação em cada parte.

2. Procure não fazer quebras dentro de cada parte do culto.
Geralmente as partes do culto não são nomeadas na liturgia, mas você deve identificar o que está dentro de cada uma delas – Confissão, Comunhão, Adoração e Ação de Graças, Petição e Intercessão, Proclamação e Testemunho, Consagração, etc. Por exemplo: entendendo que uma leitura bíblica, um hino e uma oração estão dentro da parte Adoração, procure não quebrar aquela sequência com outras coisas, participações e comentários que não conduzam à adoração.  
(imagem retirada de www.profitf.com)

3. Faça “links” para que todos entendam a linha temática do culto ou as suas partes.
Com breves comentários você pode ressaltar o que liga uma leitura bíblica com o cântico que vem em seguida, ou a letra da mensagem musical com o momento de oração, ou ainda, reforçar o tema do culto, estando ele explícito ou não. Isto ajuda a tornar o nosso culto mais consciente e racional.

4. Não fale demais, nem de menos - busque o equilíbrio.
Se você falar de menos, não fará os “links” necessários na condução do culto. Se você se prolongar demais falando, as pessoas poderão se sentir incomodadas, ou perderão a concentração. Lembre-se que haverá uma pregação - poupe as pessoas para que não cheguem cansadas auditivamente ao momento da Palavra.

(imagem retirada de psicolaevandralidia.blogspot.com)

5. Não ordene, sugira (SANTOS, LUZ, 2003, p. 194).
Para algumas pessoas, inclusive os visitantes, nada é mais constrangedor do que ter abraçar ou dizer frases para quem está do seu lado porque o dirigente “mandou”. Você não é um apresentador de programa de auditório que levanta as plaquinhas “aplausos” ou “risadas” e todos tem que fazer. Procure deixar as pessoas à vontade. Sugira... Estimule... Mas não dê ordens.

6. Não nomeie as divisões durante as leituras bíblicas.
Nunca leia as divisões durante uma leitura bíblica alternada (ou responsiva) (ex: Dirigente... Congregação...). Se for necessário, explique as divisões antes de começar a leitura (ex: “atentem para as divisões – dirigente, vozes femininas, vozes masculinas”). Se a igreja já está acostumada e não há alguma divisão fora do habitual, então nem é necessário explicar.

7. Se existe uma ordem do culto, evite apresentar cada participação especial.
Havendo um boletim, ou ordem de culto projetada no datashow, ou impressa só para quem fará alguma parte do culto, então não será necessário apresentar os participantes, a não ser que eles sejam convidados especiais de outras igrejas. Concorda que todos sabem ler? Concorda que a igreja conhece os seus membros e grupos? Então apenas oriente cada participante a “ficar ligado” e se dirigir à plataforma de forma que não haja tempo de espera (buracos na programação). Além de otimizar o tempo, isso torna o culto mais dinâmico.

8. Deixe para elogiar as performances pessoalmente - durante o culto ressalte as mensagens proclamadas.

Naturalmente somos atraídos pela beleza estética e por isso temos a tendência de, especialmente após uma apresentação musical, fazer elogios como: "Linda voz!" ou "Linda música!" ou ainda "Belíssima apresentação!".  Se pensarmos melhor, durante um culto este tipo de elogio chama atenção para a performance e/ou para as pessoas. Seria muito melhor chamar a atenção para a mensagem que foi passada, como: "Através dessa música fomos desafiados a...", ou "Louvado seja Deus!" e prosseguir destacando uma ou duas frases da música, ou ainda "Que possamos nos esforçar sempre para...".  

Lembre que o nível de desenvolvimento dos talentos pessoais, ou coletivos (no caso de grupos) é muito variável, por isso, pode acontecer de uma apresentação não sair muito bem, do ponto de vista técnico ou estético, o dirigente não se sentir estimulado a elogiar, e as pessoas se sentirem diminuídas por isso. Para o ser humano é muito fácil dar vazão à vaidade e à vanglória... Por outro lado, elogios sinceros são motivadores, então, faça isso pessoalmente, após o culto!

9. Cuidado para não transformar o culto em academia, e também para não “entrevar” alguns.
(imagem retirada de blogtiotano.blogspot.com)
Se em um momento você pede para ficar em pé, logo em seguida sentar, depois em pé novamente, as pessoas ficarão incomodadas fisicamente e perderão o foco no culto. Deixe que elas se exercitem nas academias e parques da cidade. Da mesma forma, se deixar a congregação muito tempo sentada, vários poderão se incomodar (principalmente se os assentos forem duros), e alguns poderão até ter dificuldade de levantar depois. O cuidado com a saúde da coluna inclui não permanecer mais de uma hora em uma posição estática.  

10. Existe cântico congregacional apropriado para cada momento do culto.
A música no culto deve ser funcional, inclusive a congregacional. Ex: se o hino ou cântico é de Adoração, estamos nos dirigindo a Deus, então não é momento para pedir que todos se confraternizem se abraçando – isto deve ser feito no momento de comunhão, ou então peça aos músicos uma música apropriada para isto. De igual modo, não deve haver uma música congregacional bem agitada no momento de oração – ela deve ser mais calma, para levar à introspecção. Fique atento ao texto e estilo da música para que ela “case” com a parte do culto em questão.

11. Não use o cântico congregacional como pano de fundo.
(imagem retirada de alfredo-de-souza.blogspot.com)
“Os cânticos congregacionais têm um propósito específico no culto e não devem ser usados para a entrada de retardatários, e muito menos para preencher o tempo à espera de alguém ou do início da programação” (SANTOS, LUZ, 2003, p. 198).

Atenção: o culto começa já no processional!

12. Valorize os momentos de silêncio do culto.

“Assim como o homem precisa do som e das imagens no culto ele também necessita da ausência deles em algum momento para uma melhor e maior introspecção. A agitação da vida moderna pede que tenhamos momentos como este para buscarmos um equilíbrio interno. (...) para que as pessoas possam pensar mais em Deus e descansar nele depois de chegarem agitadas à igreja e carregadas de problemas. Mas, lembre-se: momento de silêncio é silêncio mesmo! Não coloque uma música tocando ao fundo, nem peça que os instrumentistas toquem algum hino, pois, as imagens que se formarão com a familiaridade com a música poderão atrapalhar o pensamento a buscar a presença de Deus pura e simplesmente, não devido às imagens que se formaram na mente” (SANTOS, LUZ, 2003, p. 198).

A igreja também tem o seu papel educacional – diante da vida corrida e povoada de ruídos que nossa sociedade nos impõe é nosso dever resgatar o valor do silêncio, principalmente na devoção espiritual.

(imagem retirada de www.wallpaperscristaos.com.br)

13. Lembre-se, sua função é facilitar que as pessoas se conectem a Deus e Sua Palavra, nada mais.
O bom dirigente passa suavemente pelo culto, sem chamar atenção para si ou paras pessoas que estão fazendo participações especiais. Os olhos, o foco, e a concentração de todos devem estar em Deus e em Sua mensagem através das leituras, músicas e pregação. É a Ele que prestamos culto! Toda glória, pois, somente a Ele!

(imagem retirada de luanallmeidah.wordpress.com)

“O método mais excelente que encontrei para ir até Deus é aquele de fazer coisas comuns sem qualquer intento de agradar aos homens e, até onde sou capaz, fazê-las puramente por amor a Deus” (LAWRENCE, 2003, p. 80)
 Referências:SANTOS, L. C. G; LUZ, W. N. R. Culto cristão: contemplação e comunhão. Rio de Janeiro: JUERP, 2003.
LAWRENCE; LAUBACH, F. Praticando a presença de Deus. Rio de Janeiro: Danprewan, 2003.

domingo, 17 de abril de 2016

Câmara dos Deputados - espelho da Educação no Brasil

Hoje, dia 17 de abril de 2016, em mais um marco histórico do nosso país, assisto a sessão da Câmara dos Deputados (neste momento em que escrevo, ainda não terminada), que vota a continuação ou não do processo de impeachment da presidente Dilma Roussef.
Se por um lado me orgulho dos meios de comunicação e desfruto do amplo acesso e da transparência do que está acontecendo, por outro me envergonho desta exposição mundial. 
A sessão inicia com muitos se espremendo para se manter em um lugar onde as câmeras estarão focadas - atrás da mesa e da tribuna, sempre com seus panfletinhos a favor ou contra. Ouço o presidente da Câmara inicialmente dizer que não pode impedir ninguém e penso - que bagunça! Seus lugares devidos não são no plenário? Pouco tempo depois, quando chega-se ao cúmulo de abrirem uma faixa atrás da mesa contra o presidente da Câmara, que não é objeto de assunto desta sessão específica, então o mesmo faz o que deveria ter feito desde o início. Mesmo assim, desfilam deputados a todo momento atrás dos oradores da tribuna,  motivados, assim como os que estavam atrás da mesa, apenas na visibilidade na mídia. E o presidente da Câmara a todo instante pedindo que obedeçam ao estabelecido...
Seguem-se os discursos dos líderes dos partidos, e não pude deixar de notar as exaltações do plenário, com "gritos-de-guerra" vindos das ruas, discursos que incluíram até paródias musicais, estouro de papel picado, e deputados conversando em grupinhos enquanto alguém discursa.
Que vergonha! Gente mal educada, que não sabe se portar e nem sequer discursar apropriadamente! Gente que governa o nosso país! Me envergonho porque isso é reflexo da Educação no Brasil! Ter  um cargo ou um diploma não significa ser alguém educado - a falha na formação é enorme e a falha no sistema é latente. Cabe a mim, como educadora, lutar por uma educação completa, e não simplesmente aprendizado de conteúdos curriculares. Cabe a mim, como cidadã, lutar pela consciência do voto, e, como cristã, interceder pelos nossos governantes, clamando pela misericórdia e iluminação divinas. 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

SOBRE MINISTÉRIO DE MÚSICA E MINISTRO TITULAR E AUXILIAR


MINISTÉRIO DE MÚSICA

(imagem retirada de www.nlbcnyc.org)
O ministério de música é o conjunto de todas as atividades musicais de uma igreja, diferenciadas de outras instituições pelo enfoque espiritual. Sendo assim, toda igreja que possui algum tipo de música possui o ministério de música, que pode ser organizado ou não.

Em muitas igrejas evangélicas tudo relacionado à música acontece de forma espontânea e voluntária, cabendo ao pastor ou a um irmão um pouco mais talentoso “puxar” os cantos congregacionais ou combinar quem fará a mensagem musical. Existem até mesmo as igrejas em que isso acontece exatamente no momento do culto, com músicas sugeridas na hora e com participações musicais tantas quantas aparecerem.

Em outras igrejas existe uma preocupação com a organização da área musical, possuindo um diretor/coordenador de música, ou uma comissão, ou um ministro/líder de louvor. Nestes casos, a maioria desempenha suas funções de forma voluntária, mas, nos últimos anos, algumas igrejas passaram a remunerar o ministro/líder de louvor, que geralmente desenvolve apenas as “bandas” ou “equipes de louvor”.

Há ainda igrejas em que a organização e desenvolvimento do ministério de música são plenos, ou seja, busca-se utilizar todas as possíveis funções da música na igreja, visando atingi-la como um todo, em suas diversas faixas etárias e demais ministérios. Devido à complexidade e amplitude de um ministério de música assim, uma pessoa capacitada nos âmbitos da música, liderança, bíblico e pastoreio, recebe o título de ministro de música, normalmente sendo remunerado para isso.

Cabe aqui destacar, infelizmente, que muitos pastores e igrejas têm deixado de desenvolver um ministério de música pleno, não por falta de condições, mas por falta ou mudança de visão em relação a isso.  Não faremos aqui um estudo bíblico sobre música e ministério, mas seria muito bom que pastores e igrejas se preocupassem em estudar essa temática.  


FUNÇÕES DO MINISTRO DE MÚSICA 
(imagem retirada de espelhoesonho.blogspot.com)

1. Ser referência de músico, líder e cristão;
2. Elaborar e desenvolver um programa musical para toda a igreja em seus variados ministérios, atividades e faixas etárias;
3. Zelar pela organização necessária para o desenvolvimento do ministério de música;
4. Elaborar as ordens de culto zelando pela liturgia;
5. Utilizar a música como um meio para adoração, louvor, confissão, perdão, comunhão, exortação, proclamação e consagração;
6. Zelar pela ambientação musical adequada para cada parte do culto;
7. Promover o crescimento espiritual através das letras das músicas e estudos bíblicos;
8. Visitar, aconselhar, exortar e disciplinar, quando necessário, colaborando com o ministério pastoral junto aos seus liderados;
9. Treinar e desenvolver outros líderes da área de música;
10. Treinar e desenvolver talentos musicais;
11. Zelar e/ou prover repertório adequado para os diversos grupos e execuções musicais;
12. Cuidar da estética musical, desenvolvendo a capacidade de apreciação musical;
13. Educar musicalmente, através dos grupos musicais, ou de capacitações ou de aulas/escola de música;
14. Ensinar como proceder corretamente no contexto relacional da igreja – respeito e submissão à liderança, como se posicionar contrariamente, combate à maledicência/fofoca, etc...
15. Zelar pela saúde física dos músicos, detectando e orientando sobre problemas físicos que prejudicam diretamente a prática musical;
16. Colaborar para a saúde mental dos participantes deste ministério através dos grupos e atividades musicais;
17. Colaborar para a saúde emocional de toda a igreja através dos grupos e atividades musicais, e das próprias músicas utilizadas (musicoterapia);
18. Zelar pela aquisição e manutenção de todos os equipamentos/instrumentos/acessórios/materiais necessários para o desenvolvimento do ministério de música;
19. Administrar os recursos financeiros destinados ao ministério de música.

MINISTRO DE MÚSICA AUXILIAR/ADJUNTO


Assim como um co-pastor, ou pastor auxiliar, o ministro de música auxiliar/adjunto tem a função de ajudar o ministro de música titular no exercício e desenvolvimento do ministério de música da igreja. Sua figura aparece principalmente quando:
  • o ministério de música chega a um nível pleno de desenvolvimento, de tal forma que tamanha amplitude – coros graduados (infantil, adolescentes, jovem, adultos, terceira idade), outros coros e grupos vocais (coro masculino, coro feminino, quartetos, etc...), solistas, bandas (“equipes de louvor”), grupos instrumentais (conjunto de flautas, orquestra, etc...), escola de música, etc... – torna a liderança/administração de tudo isso algo pesado para uma só pessoa, especialmente se o ministro de música titular não for de tempo integral;
  • o ministro de música titular já possuir uma idade mais avançada ou saúde limitada.

O ministro de música auxiliar/adjunto é submisso ao ministro titular, que define a visão ministerial a ser seguida, mas carrega e deve exercer todos os direitos e deveres do ministro titular em sua ausência.

INDICAÇÕES DE LEITURA

Faço coro com aqueles que tem se posicionado em defesa de um ministério de música pleno, baseado nos princípios bíblicos sobre o assunto, e também com aqueles que sentem falta deste ensino nos cursos que preparam os futuros pastores, educadores religiosos e ministros de música.

Infelizmente cada vez mais as publicações sobre o assunto escolhem certos aspectos e esquecem muitos outros, assim, segue abaixo algumas indicações de leitura, começando com a Bíblia (segundo os batistas, é nossa regra de fé e prática), e seguindo para alguns livros, a maioria de edição esgotada, mas que devem ser encontrados nas bibliotecas de Seminários e Faculdades Batistas.  

BÍBLIA:  Números 18.20-21; I e II Crônicas; Neemias 10.38-39; 13.10-13; Colossences 3.16; I Coríntios 14.7-8; Filipenses 4.8; etc... 


FREDERICO, Denise. A música na igreja evangélica brasileira. Rio de Janeiro: MK Editora, 2007.

ICHTER, Bill H. (Comp.). A música e seu uso nas igrejas. ed. 2. Rio de Janeiro: JUERP, 1980.

ICHTER, Bill H. (Org.). A música sacra e sua história. Rio de Janeiro: JUERP, 1976.

HUSTAD, Donald P. A música na igreja. São Paulo: Vida Nova, 1991.

McCOMMON, Paul. A música na Bíblia. ed. 2. Rio de Janeiro: JUERP, 1981.

MINISTÉRIO DE MÚSICA CRISTÃ. Série. Rio de Janeiro: JUERP, 198-.

SANTOS, Leila Christina Gusmão dos; LUZ, Westh Ney Rodrigues. Culto cristão: contemplação e comunhão. Rio de Janeiro: JUERP, 2003.  

Keila Guimarães de Campos

domingo, 22 de novembro de 2015

Músico e Música


Músico... 
Sensível, criativo por essência, perfeccionista, temperamental. 
Ser reflexivo... Crítico.
Humilde? Muitas estrelas...
Lugar comum é dizer que a área de música é problemática, 
já desde que um famoso anjo músico foi expulso dos céus por "se achar" demais.
É verdade, ser um músico é difícil.
Espiritualmente, emocionalmente, socialmente, financeiramente.
Tudo é intenso.
O estudo e a prática nunca terminam
e a perfeição está sempre no degrau seguinte.

(imagem retirada de pixebay.com)

Música...
Existia nos céus antes da criação do mundo.
Continuará a existir durante a eternidade com Deus.
Coro de anjos... Coro dos salvos... Harpas... Trombetas...
Perfeita.
Serena e suave... Majestosa e altissonante...
Expressão de todas as emoções.
Semente criada e plantada por Deus em todo ser humano.

Como algo tão perfeito como a Música pode ser criado e executado pelos músicos?
A sabedoria divina parece loucura, só parece.
Somos mais uma figura da redenção.
Vasos de barro, imperfeitos.
O anseio pela perfeição só será alcançado na eternidade perfeita de Deus.
A natureza carnal e musical precisa ser morta a cada dia 
para, então, entoar os louvores eternos. 

É o mistério divino...
Um músico na dependência de Deus quebra muitas barreiras.
Prega na linguagem da alma e segue ensaiando para o que ainda virá.

Que nossos talentos musicais sejam dedicados e aprimorados a cada dia diante do Grande Compositor.
Que sejamos barro, moldados segundo o Seu caráter.
Que nossa crença, vida e som se harmonizem em consonância.

Músicos... Abençoados e abençoadores!

Feliz Dia do Músico!        

MM Keila Guimarães de Campos

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Repertório de Canto - "Verdi Prati" - Handel, em "Alcina" (Tradução)

Verdes Prados

Verdes prados, agradáveis florestas, vocês perderão a beleza.

Flores desejáveis, ribeiros velozes, o charme e a beleza em breve em vocês se transformará.

E mudado o desejável objeto ao horror do primeiro aspecto tudo em vocês retornará.

(Trad: Keila Guimarães de Campos)


Repertório de Canto - "Sento Nel Core" - Alessandro Scarlatti (tradução)

Sinto no Coração

Sinto no coração certa dor,

Certa dor que a minha paz vai perturbando.

Brilha uma face que ilumina a alma,

Se isso não é amor, amor será.

(Trad: Keila Guimarães de Campos)

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Repertório de Canto - "Mattinata" - Ruggiero Leoncavallo (tradução)

Manhã

A madrugada, vestida de branco, já abre a porta para o grande sol,

Já com seus dedos roseados acaricia a multidão de flores!

Agitada por uma emoção misteriosa, ao redor, a criação já parece,

E você não desperta e em vão eu fico aqui, dolente, a cantar.

Vista-se também de branco, e abra a porta para o seu cantor!


Onde você não está, a luz falta, onde você está nasce o amor!

(Trad: Keila Guimarães de Campos)

Repertório de Canto - "Sebben, Crudele" - Antonio Caldara (tradução)

Embora, amor cruel

Embora, amor cruel, você me faça definhar, 

sempre fiel, sempre fiel quero te amar.


Com a duração da minha dedicação,

o seu orgulho, o seu orgulho, eu sei, se cansará.

Embora, amor cruel, você me faça definhar, 

sempre fiel, sempre fiel quero te amar.

(Trad: Keila Guimarães de Campos)

Repertório de Canto - Vittoria, Mio Cor - Giacomo Carissimi (tradução)

Vitória, meu coração

Vitória, meu coração, não chores mais!

Está livre do amor à vil servidão.

Já a ímpia, aos teus danos, através de muitos olhares,

com falsos encantos, preparou os enganos.

As fraudes, as ansiedades, não encontram mais lugar. 

Do seu cruel fogo terminou o ardor.

Dos olhos sorridentes não mais cintilam dardos

Que possam a dor mortal ao meu peito inflingir.

Na dor, nos tormentos, eu não mais me desfaço.

Estão partidas todas as amarras, dissipado o temor.

(Trad: Keila Guimarães de Campos)

Repertório de Canto - "Ich Grolle Nicht" - R. Schumann (tradução)

Não Guardo Rancor


Não guardo rancor, mesmo se você partir meu coração

Não guardo rancor, mesmo se você partir meu coração;

amor para sempre perdido, não guardo rancor.


Embora se deslumbre com o esplendor de diamantes,

não há nenhuma luz na noite do teu coração:

faz tempo que eu sei disto.




Não guardo rancor, mesmo se você partir meu coração;


Eu te vi em sonhos, vi a noite do teu peito,


e vi a serpente que te rói o coração.

Vi, meu amor, quão grande é tua miséria.


(trad: Keila Guimarães de Campos)